quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

QUANDO MERECEMOS A FELICIDADE, NADA IMPEDE!

Ao final do mês de setembro de 2007, após inúmeros encontros casuais com um amigo de infância e meu namoradinho (eu tinha 13 anos), acabei sabendo que sua vida tinha dado muitas voltas, que estava só e que não acreditava mais na possibilidade de ser feliz. Ele estava tremendamente desiludido com as mulheres e tinha passado a dar preferência à solidão, e à tristeza que esta traz consigo.

Eu, vindo em largo declínio psicológico, enfrentando tratamento psiquiátrico e também achando que minha vida pessoal não tinha salvação, grudei-me aos conselhos de meu médico que, rindo da minha cara, tinha me falado que um dia isso iria passar. Foi então que, para aliviar meu amigo que se sentia sozinho, acabei por convidá-lo para que fosse me visitar para conversarmos, tocarmos violão juntos,cantarmos e ver alguns DVDs musicais que tenho, maravilhosos.

Foram muitas ocasiões de encontros, tantos quanto foram os repetidos convites.

Até que um dia, acho que o peguei fragilizado demais, ele aceitou e foi até minha casa.

Após isso eu convidava para jantar, almoçar, tomar café... e sua presença era tão certa quanto a minha.

Foi no dia 12 de outubro, depois de muito tempo freqüentando assiduamente minha casa, no momento em que assistíamos DVD e caía um forte temporal, que criei coragem e lhe disse: "- por que não colocas teu carro na garagem e não ficas aqui em casa conosco?"

Ele, surpreso, pensou e respondeu: "- pode ser!".

Foi feito o combinado, seguimos vendo filme até que veio o cansaço. E aí? como eu faria para acomodar alguém, que me estava interessando, que não tomava uma iniciativa e que estava tão pertinho de mim... eu não poderia perder esta grande oportunidade, ímpar em minha vida.

Foi então que lembrei muito do meu médico, Dr.Aroldo Debom, e resolvi tomar a minha primeira decisão, minha decisão, sem que ninguém soubesse o que estava se passando dentro de mim e sem que ninguém opinasse a respeito do que eu estava a sentir. Arrumei minha cama, no meu quarto, e me fiz de boba... convidei-o para dormir. Ele ficou espantado, nunca imaginou que poderia acontecer o que estava acontecendo. Me questionou por quase toda a noite, eu, com sono, querendo dormir, e ele sem sono, querendo entender minha atitude.

Quando éramos jovens, que nos namoramos, nem na mão ele podia pegar. Imaginem que mudança...

Na realidade, nossas vidas tinham tomado rumos diferentes, mas nunca nos esquecemos um do outro. O respeito que sempre tivemos mutuamente serviu para que cada um de nós analisasse, ao longo do tempo, nossos comportamentos, nossas maneiras de ser e, depois de tantos anos, a vida colocou-nos, livres e independentes, um ao outro, frente-a-frente.

Hoje, eu com 53 e ele com 58 anos, temos a bagagem indispensável e necessária para garantirmos a felicidade. DEUS colocou-nos a fórmula especial na dosagem correta. Amamos, cantamos, lemos, comemos, passeamos, trabalhamos... estamos juntos 24horas. E a felicidade é sempre nossa companheira. Não podemos perder um só minuto porque mais 40 anos pela frente em nossas vidas, com certeza, será uma outra história a ser contada, provavelmente em outra dimensão.



sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Eu tive uma banda, mas não deu em nada!

Em 1968, eu e algumas amigas, Miriam, Maristela e Neneca, ao passarmos juntas, tocando e cantando, resolvemos criar uma banda. Como não tínhamos os instrumentos elétricos, nos aproximamos, mais ainda, de amigos nossos que tinham um conjunto, na época Os Macsovilleys, pois resolveríamos dois problemas ao mesmo tempo: teríamos bons músicos para nos ensinarem e, conseqüentemente, poderíamos usar os instrumentos para nós tocarmos. Onde íamos, eles também se apresentavam. O nome do conjunto: inicialmente "The tiger girls" mas, com o passar dos tempos, ao participarmos de apresentações na Rádio Universidade de Pelotas em um programa realizado aos sábados à tarde com a produção do, na época, grandioso grupo musical "Os Lobos", passaram a nos chamar de "As Gatinhas". Eu era guitarrista base; Míriam solista; Maristela contrabaixista; e pela bateria passaram muitas: Gracinha, Ana Maria, Jane, Neneca... era um de nossos problemas mais graves. Foi muito bom enquanto durou. Nos apresentávamos em chás da Maçonaria, de formandos da Escola Técnica Federal de Pelotas, shows realizados no Colégio São José e na Rádio Universidade. Como nossa idade foi crescendo (13, 14, 15, 16...) minha mãe achou que ficaria feio eu ser artista. E, com a morte de minha avó materna, acabamos por interromper nosso ciclo evolutivo como banda. Até hoje lamentamos não ter ficado com nenhuma gravação. Serve de exemplo para aqueles que podem passar por semelhante acontecimento. Gravem sempre, filmem, tirem fotos... o tempo passa, a saudade vem e não temos outro remédio senão ficar chorando o que passou e não temos como reviver.
As Gatinhas
Nosso repertório era o máximo. Cercadas do renomado "Sulivan Mello", que segurava o nosso sucesso, entre outras músicas estavam: Menina, O Milionário, Perdi Você (Incríveis), Cavalheiros do Fogo (The Jordans), Eu te amo de Roberto Carlos (cantada por nós e pelo ex cantor gaúcho Mario Antonio Olvorsen), Leno e lÍlian "Eu não sabia que você existia, Devolva-me", Renato e seus blue caps... pena que não sobrou nada para provar. Só nós, por enquanto, que estamos pensando em formar "As gatas velhas".

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Uma foto para meu perfil





A Cada Dia Uma Nova Surpresa

Quando fui presenteada com este Blog, por minha amiga/irmã Míriam, não sabia como começar a escrever nele. Minha vida estava em um momento tão tumultuado, eu me sentindo extremamente perdida, sem ter vontade de enfrentar o dia-a-dia que vinha pela frente.
Hoje, dia 12 de agosto de 2007, estou em Porto Alegre, na casa de uma de minhas filhas (tenho quatro) a Daéne, que é Cirurgiã Dentista, e como estou só, porque ela está no trabalho, encontrei uma porta aberta para a saída das minhas solidões: meu Blog.
Quero poder aqui registrar, como em um Diário, todos os pensamentos, dúvidas, confissões, porque tenho certeza que minha vida servirá de exemplo para muitas outras vidas.
Vale a pena viver e enfrentar tudo, com fé e esperança, porque só assim ficamos sabendo o quão somos fortes e protegidos.
Eu sou uma protegida, posso dizer com toda a minha certeza.
À minha querida amiga Miriam e a todos os meus grandes amigos, quero que façam, deste Blog, um vínculo de trocas de experiências com a finalidade de sermos todos muito felizes. Eternamente sábios e eternamente aprendizes.
Amo todos vocês.
Tânia Oliveira.

domingo, 13 de maio de 2007

Um presente para ti, amiga

Tânia!
Queria te fazer um carinho. Não sabia o que poderia te deixar feliz. Tua amizade é muito importante para mim e eu queria te demonstrar isto.
Resolvi, então, te criar este Blog. É um presente que te dou, sabendo que vais aproveitar muito. Aqui poderás escrever o que quiseres. Aqui colocarás tudo que pensas importante em passar para os outros.
O nome, Estradas da Vida, sei que tem a ver contigo. Pensei um bom tempo, antes de escolher.
Espero que aprecies, tanto o Blog, quanto o título.
Deus te abençoe!
da irmã
Miriam